A Carbonária em Portugal, 3.ª edição
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O estudo das organizações secretas está limitado, como é natural, pelo seu carácter reservado, pela quase inacessibilidade ou inexistência de documentos que nos permitam olhá-las como simples objecto de investigação. Se não é fácil escrever sobre a Maçonaria, ainda é mais difícil estudar a complexa trama de sociedades secretas que, inspirando-se nela, no plano formal, tinham objectivos diferentes, situando-se até em pólos diametralmente opostos. Uma dessas organizações foi a Carbonária, que terá nascido em Nápoles, em plena Restauração, fundada por Pierre Joseph Briot, antigo conselheiro de Joaquim Mura, e que fizera parte da Associação dos Bons-Primos Carbonários, possivelmente com ligações ao Iluminismo bávaro e à Maçonaria. Fortemente implantada em Itália e em França, a Carbonária arregimentou elementos descontentes com o rumo da Europa depois do Congresso de Viena. Em Portugal, é assinalada a existência de uma organização carbonária no início da década de trinta do século XIX, possivelmente com origem em emigrados liberais refugiados em Paris. Intermitentemente, ao longo da centúria de Oitocentos, surgem referências mais ou menos difusas à existência da Carbonária, nas décadas de quarenta e de cinquenta, tendo como centro irradiador a cidade de Coimbra. Procuramos, neste livro, estudar, com as limitações já referidas, duas organizações carbonárias, ambas fundadas nos finais do século XIX, e que tiveram um papel determinante na preparação do advento da República: a Carbonária Portuguesa e a Carbonária Lusitana.
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Descrição
O estudo das organizações secretas está limitado, como é natural, pelo seu carácter reservado, pela quase inacessibilidade ou inexistência de documentos que nos permitam olhá-las como simples objecto de investigação. Se não é fácil escrever sobre a Maçonaria, ainda é mais difícil estudar a complexa trama de sociedades secretas que, inspirando-se nela, no plano formal, tinham objectivos diferentes, situando-se até em pólos diametralmente opostos. Uma dessas organizações foi a Carbonária, que terá nascido em Nápoles, em plena Restauração, fundada por Pierre Joseph Briot, antigo conselheiro de Joaquim Mura, e que fizera parte da Associação dos Bons-Primos Carbonários, possivelmente com ligações ao Iluminismo bávaro e à Maçonaria. Fortemente implantada em Itália e em França, a Carbonária arregimentou elementos descontentes com o rumo da Europa depois do Congresso de Viena. Em Portugal, é assinalada a existência de uma organização carbonária no início da década de trinta do século XIX, possivelmente com origem em emigrados liberais refugiados em Paris. Intermitentemente, ao longo da centúria de Oitocentos, surgem referências mais ou menos difusas à existência da Carbonária, nas décadas de quarenta e de cinquenta, tendo como centro irradiador a cidade de Coimbra. Procuramos, neste livro, estudar, com as limitações já referidas, duas organizações carbonárias, ambas fundadas nos finais do século XIX, e que tiveram um papel determinante na preparação do advento da República: a Carbonária Portuguesa e a Carbonária Lusitana.
Informação adicional
Peso | 0.2 kg |
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ISBN | 978-972-24-1587-3 |
Dimensões | 17 × 24 cm |
Número de Páginas | 104 |
Encadernação | Capa Mole |
Faixa Etária | Todas as idades |